Fomos fazer uma visita ao Centro
de Dia da Casa do Povo. Pelo caminho fomos abordados por várias pessoas que nos
quiseram oferecer do seu bolinho (dos dias de hoje): rebuçados, chupas e outros
doces, para alegria das crianças.
Chegados à sala de convívio dos
idosos, que estavam na hora da sesta, fomos recebidos com alegria, pois a nossa
presença contribuiu para colorir um pouco o seu dia que também estava cinzento na rua.
Conversámos acerca das vivências das
crianças de hoje e das crianças de há seis ou sete décadas atrás. Uma idosa
referiu que nunca foi pedir Pão por Deus porque os pais dela tinham tudo em
casa e nunca necessitou de pedir. Esta foi a origem desta tradição: no Dia de Todos
os Santos as famílias muito pobres dirigiam-se às casas abastadas para pedirem “pão
por Amor de Deus”, para matarem a fome dos filhos.
Outros idosos referiram que
recebiam do que as pessoas produziam e tinham em casa: tremoços, pevides, figos
passados, castanhas…e um pedaço de merendeira doce. Tão diferente dos dias de hoje!
Mais uma vez este encontro de
gerações com partilha de saberes, culminou com as alegres canções infantis e
promessa de voltarmos brevemente.
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