do Povo da Calvaria, mostrar as nossas máscaras, no dia do
O registo das crianças:Iam com as amigas delas e vestiam-se com saias de papel (Miguel Serra) e enfiavam sacos nas pernas (Miguel Costa). Os rapazes enchiam a bexiga de porco com cinza e metiam um tubo, depois apertavam e sujavam as pessoas todas (Bernardo). Eles divertiam-se muito (Rodrigo Gonçalves), os fatos deles não eram iguais aos nossos (Bernardo). Eram feitos da roupa velha dos pais deles (Dinis) e trapos velhos, eles tinham pouco dinheiro (Miguel Costa). Eles tapavam a cara com trapos e faziam buracos para puderem ver (Beatriz). Gostavam que ninguém os conhecesse para pregarem sustos e fazerem partidas às pessoas
PARTIDAS DE CARNAVAL - Os rapazes novos faziam tlimtlão nas casas: atavam uma pedra na ponta de um cordel grande que passava pela tranqueta da porta, a outra ponta do cordel era puxada de longe. O dono da casa aparecia muito zangado à porta e corria atrás dos malandros para ver se os apanhava. Outros aproveitavam a porta aberta e mandavam ovos lá para dentro ou cacos velhos e sujavam tudo! Naquele tempo nunca se fechavam as portas das casas à chave e pelo carnaval era frequente que os mais novos entrassem nas casas e desarrumassem todos os móveis da casa. O colchão aparecia sempre na cozinha ou no alpendre da rua. Às vezes os donos da casa não conseguiam entrar porque tinham toda a casa à entrada da porta. Outra brincadeira da época era trocarem os burros dos currais. Onde havia um burro novo, deixavam um burro velho e no lugar deste deixavam um burro novo.
Na opinião dos idosos, o carnaval era mais divertido na época deles, mas hoje é mais bonito. 24/02/2012