Fomos ao Centro de Dia da Casa
do Povo da Calvaria, mostrar as nossas máscaras, no dia do
do Povo da Calvaria, mostrar as nossas máscaras, no dia do
desfile de carnaval da nossa escola. Voltámos noutro dia para conversar com os idosos e pedir-lhes que nos contassem como se divertiam no carnaval, quando eram mais novos e constatámos que os rapazes tinham mais liberdade e se divertiam mais do que as raparigas, pois os pais destas não as deixavam muito andar na rua. A par da falta de oportunidades, as senhoras também testemunharam uma enorme falta de meios e recursos. O que não lhes faltava era a vontade de se divertirem e uma imaginação prodigiosa:
O registo das crianças:Iam com as amigas delas e vestiam-se com saias de papel (Miguel Serra) e enfiavam sacos nas pernas (Miguel Costa). Os rapazes enchiam a bexiga de porco com cinza e metiam um tubo, depois apertavam e sujavam as pessoas todas (Bernardo). Eles divertiam-se muito (Rodrigo Gonçalves), os fatos deles não eram iguais aos nossos (Bernardo). Eram feitos da roupa velha dos pais deles (Dinis) e trapos velhos, eles tinham pouco dinheiro (Miguel Costa). Eles tapavam a cara com trapos e faziam buracos para puderem ver (Beatriz). Gostavam que ninguém os conhecesse para pregarem sustos e fazerem partidas às pessoas
O registo das crianças:Iam com as amigas delas e vestiam-se com saias de papel (Miguel Serra) e enfiavam sacos nas pernas (Miguel Costa). Os rapazes enchiam a bexiga de porco com cinza e metiam um tubo, depois apertavam e sujavam as pessoas todas (Bernardo). Eles divertiam-se muito (Rodrigo Gonçalves), os fatos deles não eram iguais aos nossos (Bernardo). Eram feitos da roupa velha dos pais deles (Dinis) e trapos velhos, eles tinham pouco dinheiro (Miguel Costa). Eles tapavam a cara com trapos e faziam buracos para puderem ver (Beatriz). Gostavam que ninguém os conhecesse para pregarem sustos e fazerem partidas às pessoas
mais rezingonas e mal dispostas:
PARTIDAS DE CARNAVAL - Os rapazes novos faziam tlimtlão nas casas: atavam uma pedra na ponta de um cordel grande que passava pela tranqueta da porta, a outra ponta do cordel era puxada de longe. O dono da casa aparecia muito zangado à porta e corria atrás dos malandros para ver se os apanhava. Outros aproveitavam a porta aberta e mandavam ovos lá para dentro ou cacos velhos e sujavam tudo! Naquele tempo nunca se fechavam as portas das casas à chave e pelo carnaval era frequente que os mais novos entrassem nas casas e desarrumassem todos os móveis da casa. O colchão aparecia sempre na cozinha ou no alpendre da rua. Às vezes os donos da casa não conseguiam entrar porque tinham toda a casa à entrada da porta. Outra brincadeira da época era trocarem os burros dos currais. Onde havia um burro novo, deixavam um burro velho e no lugar deste deixavam um burro novo.
PARTIDAS DE CARNAVAL - Os rapazes novos faziam tlimtlão nas casas: atavam uma pedra na ponta de um cordel grande que passava pela tranqueta da porta, a outra ponta do cordel era puxada de longe. O dono da casa aparecia muito zangado à porta e corria atrás dos malandros para ver se os apanhava. Outros aproveitavam a porta aberta e mandavam ovos lá para dentro ou cacos velhos e sujavam tudo! Naquele tempo nunca se fechavam as portas das casas à chave e pelo carnaval era frequente que os mais novos entrassem nas casas e desarrumassem todos os móveis da casa. O colchão aparecia sempre na cozinha ou no alpendre da rua. Às vezes os donos da casa não conseguiam entrar porque tinham toda a casa à entrada da porta. Outra brincadeira da época era trocarem os burros dos currais. Onde havia um burro novo, deixavam um burro velho e no lugar deste deixavam um burro novo.
As carroças dos burros e dos bois apareciam todas no adro da igreja e havia sempre um burro preso à corda do sino que não deixava ninguém dormir nessa noite.
Na opinião dos idosos, o carnaval era mais divertido na época deles, mas hoje é mais bonito. 24/02/2012
Na opinião dos idosos, o carnaval era mais divertido na época deles, mas hoje é mais bonito. 24/02/2012
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